O anúncio de mais uma troca de Comando no 12º Batalhão de Polícia Militar causa revolta e indignação com o tratamento desrespeitoso dado pelo Governo do Estado ao grave problema da violência que atinge Niterói e Maricá. Com a saída do Cel. Maurício Santos de Moraes, que ficou apenas seis meses na função, já são cinco os Comandantes que passaram pelo 12º BPMERJ nos últimos dois anos e oito meses, desde que o Cel. Marcus Jardim deixou a unidade em abril de 2007, onde ficou por quase dois anos.
Essa alta rotatividade de Comandantes faz com que haja uma total descontinuidade das políticas desenvolvidas de prevenção à violência em Niterói e Maricá. Isso sem falar no fato de que o Cel Maurício Santos de Moraes, que sempre se demonstrou ser um homem honesto e trabalhador, conseguiu reduzir drasticamente o índice de criminalidade nas duas cidades, além de ter estabelecido um fundamental canal de comunicação e parceria com os moradores, não havendo, portanto, qualquer razão para sua saída precoce do Comando.
Lamentavelmente, esse desrespeito do Governo do Estado com a população de Niterói e Maricá vem fazendo com que a política de segurança da PM nessas duas cidades venha sendo marcada por uma sucessão de avanços e retrocessos, em especial no que diz respeito aos serviços de Policiamento Comunitário, de ponto eletrônico e de utilização dos rádios Nextel que permitem contato direto entre a população e a polícia.
Essa alternância entre avanços e retrocessos, que varia de acordo com a visão do Comandante da ocasião, acaba por causar abalo na relação entre a Polícia Militar e a comunidade, já que todos os serviços mencionados foram implantados com a participação direta e com a contribuição da população.
Diante disso, fica a pergunta: qual a razão do descaso do Governador com a segurança pública em Niterói e Maricá ao promover essa verdadeira dança das cadeiras? Vale lembrar ao Governador que segurança pública é coisa séria.
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